SENHOR FANTÁSTICO X DEUS: A DIFERENÇA É QUE DEUS EXISTE

em sexta-feira, 27 de julho de 2012

Os super-heróis sempre me cativaram, pois na sua grande maioria eles colocam suas qualidades extraordinárias à serviço do bem comum, contudo, muitas vezes para fazer o bem à uns, fazem mal à outros, o que não é correto, pois “olho por olho, dente por dente”, deixa o mundo cego e desdentado. Apesar disso, ao olhar para eles, e seus “super poderes”, tento (quando possível) lançar meu olhar para Deus e sua ação(essa sim) prodigiosa nas nossas vidas, e assim acordando-me deles busco o socorro de Deus, que é o NOSSO VEDADEIRO e ÙNICO HERÒI.
Lendo a Palavra de Deus há tempos atrás aprendi com ela que “a mão do Senhor se estende benignamente sobre todos os que O buscam” (Esd 8, 22b), isso muito me consolou ao saber que se eu buscar à Deus suas mãos se estenderão sobre mim e eu não mais me sentirei só. O interessante é perceber que essa palavra não é somente para os que estão próximos de Deus, mas também os mais distantes, o que nos faz pensar que os braços de Deus se esticarão para nos alcançar seja onde estivermos.
Lembrei-me então de uma qualidade extraordinária de um super-herói criado pela Marvel Comics na década de 60, o Senhor Fantástico, O Senhor Fantástico tinha uma incrível flexibilidade, e por isso ele pode se esticar ou se contrair da forma que quiser. Nos quadrinhos vemos que por causa desta propriedade ele resistia a tiros, quedas e outros impactos, por poder esticar-se. Segundo os fãs deste quadrinho, por ser flexível ele podia fazer “com que o ataque inimigo volte contra ele mesmo”.
Mal comparando o verdadeiro poder de Deus com os poderes inventados para este personagem, podemos perceber uma grande diferença, a diferença é que Deus Existe. Além de serem verdadeiros esses braços, eles são incapazes de prejudicar a outros para nos fazer o bem.
Por isso neste dia, tenha a certeza que independente de como e onde você esteja vivendo hoje, os braços de Deus sempre poderão te alcançar, mas Deus não violenta ninguém, Ele age com liberdade, por isso a Palavra de Deus diz que a mão do Srnhot se estende sobre os que O buscam, se faz necessário então que o busquemos dando à Ele livre acesso ao nosso coração e à nossa verdade, acreditando que “para Ele nada é impossível” (Lc 1,37), e que Ele virá ao nosso socorro, pois “o Deus dos tempos antigos que é o teu refúgio e teu apoio os seus braços eternos, que, para te socorrer, cavalga os céus e as nuvens majestosamente” (Dt 33, 27). Ele é o Nosso verdadeiro e único Super Herói.

Nádia Duarte Prata
Membro Consagrada da CCDE

QUEM FOI SÃO JOÃO (JOÃO BATISTA)

em quarta-feira, 11 de julho de 2012

João nasceu em Aim Karim. Documentos defendem que pertencia à facção nazarita da Palestina, integrando-a na puberdade, era considerado, por muitos, um homem consagrado. De acordo com a cronologia, João teria nascido no ano 7 a.C.; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1º, apontando-a para 2 a.C..
Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimónia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. A sua educação foi grandemente influenciada pelas ações religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura.
João fez os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, o deixar o cabelo crescer, e o não tocar nos mortos. 
O pai de João, Zacarias, terá morrido no ano 12 d.C.. João teria 18/19 anos de idade. Com a morte do seu pai, Isabel ficaria dependente de João para o seu sustento. Mudaram-se para Hebrom e lá João iniciou uma vida de pastor, juntando-se às dezenas de grupos ascetas que deambulavam por aquela região, e que se juntavam amigavelmente e conviviam com os nazaritas.
Isabel morreu no ano 22.d.C e foi sepultada em Hebrom. João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou um “objetivo de vida” - pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”.
É perspectiva comum que a principal influência na vida de João terá sido o registros que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias. Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias”.
O Discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente. Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com achegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.
Importante notar que João não introduziu o batismo no conceito judaico, este já era uma cerimónia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimónia à conversão dos gentios, causando assim muita polémica.
Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I). Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.

João batizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento denota alguns fatores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura João encontrava-se no auge das suas pregações. Teria já entre 25 a 30 discípulos e batizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes. Eles acreditavam que apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O batismo para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. O trabalho de João progredia.
Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complascência”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas religiosas.
O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, tradicionalmente chamada de Salomé, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata.
Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.
DIA 24 DE JUNHO É DIA DE CELEBRARMOS A NATIVIDADE DE SÃO JOÃO.
OBS.: É o único santo do qual celebramos o nascimento e não o martírio ou morte.