Morre a irmã Nirmala, sucessora da Madre Teresa de Calcutá

em terça-feira, 23 de junho de 2015
Morre hoje Irmã Nirmala, sucessora de Madre Teresa de Calcutá. Ela assumiu a Congregação das Missionárias da Caridade, de 1997 a 2009. Por 12 anos ela continuou o trabalho iniciado por Madre Teresa.
Irmã Nirmala, sofria de uma doença cardíaca e veio a falecer aos 81 anos de idade. O corpo foi levdo para a Igreja de São João da cidade, onde 60 freiras cantavam e rezavam. O funeral está  programado para quarta-feira.
"A irmã continuou o legado de compaixão, doçura e serviço aos mais pobres entre os pobres de Madre Teresa, assim como a santidade de sua vida", afirmou D'Souza.
"Mesmo depois de deixar de ser superiora das Missionárias da Caridade, serviu as pessoas com o mesmo entusiasmo com que fazia antes", completou.
Que essa irmã sirva de exemplo para toda a nossa sociedade, nesse tempo em que o ser humano só visa o seu bem e não olha para o bem do irmão que necessita de cuidados e atenção.

Em coletiva de imprensa, Bispos divulgam mensagem e falam sobre a Redução da Maioridade Penal.

em sexta-feira, 19 de junho de 2015
Nota da CNBB sobre a nova lei da Maioridade Penal
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, nesta quinta-feira,18, durante entrevista coletiva à imprensa, mensagem aprovado pelo Conselho Permanente da CNBB, sobre a Redução da Maioridade Penal. Segundo a nota, a redução representará uma ameaça aos direitos previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Para o arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha, o tema não pode ser visto somente como segurança pública, "mas é preciso que se analise toda a condição de vida". "Estamos preocupados em ir mais a fundo e insistir que é preciso resolver o problema levando-se em conta os direitos fundamentais", disse.

O arcebispo de Salvador e Vice-presidente da CNBB, Dom Murilo Krieger, defendeu que mitos e equívocos podem nascer dos momentos de comoção, quando há cobrança para respostas rápidas. "Diante de fatos tristes envolvendo adolescentes, nascem mitos com a ideia de que a redução seria a solução do problema da falta de segurança, e com isso, nos desobrigamos a buscar soluções educativas", explicou. Segundo ele, a igreja quer criar uma consciência e demonstrar que o problema é bem mais amplo e que os jovens tem direito a uma nova oportunidade. 

De acordo com o bispo auxiliar de Brasília e Secretário Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, a entidade teme um "efeito dominó". "Seria uma consequência natural, já que reduzir a idade de responsabilização penal para 16 anos terá implicações enormes sobre a vida social. Poderá valer para a compra de bebidas alcoólicas, direção de carros, trabalho. Abre-se um leque enorme", afirma.

O bispo sustentou que em outros países a medida não surtiu os efeitos esperados, com a diminuição da violência. "Não podemos cair na tentação de nos desvencilharmos dos nossos problemas sociais e de nossos jovens", acrescentou. 

A nota divulgada pela Conferência afirma que o ECA "saudado há 25 anos como uma as melhores leis do mundo em relação à criança e ao adolescente, é exigente com o adolescente em conflito com a lei e não compactua com a impunidade". Porém, para Dom Sergio, "embora tenha sido tão bem acolhido, o ECA não foi levado a sério como deveria". Para ele o ideal é que o ECA seja revalorizado e as medidas  e as medidas ali previstas sejam de fato colocadas em prática.

Bispos do regional Leste 2 divulgam nota sobre Planos Municipais de Educação (Ideologia de Gênero)

Reunidos em assembleia ordinária, os bispos do regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgaram, nesta sexta-feira, 12, uma nota com ponderações a respeito da elaboração dos Planos Municipais de Educação. De acordo com o texto, os bispos chamam atenção para a "visão integral do ser humano", a participação de educadores e dos pais por meio de conferências e audiências públicas; a presença de itens de controle e garantia dos investimentos; e a questão da inclusão da ideologia de gênero, "rejeitada quando da elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE)".

Leia o texto na íntegra:

Os (Arce)bispos do Regional Leste 2 da CNBB - Minas Gerais e Espírito Santo, considerando a importância da elaboração e votação dos Planos Municipais de Educação, manifestam as seguintes ponderações:

1. A definição de diretrizes e planos para a educação há de ter como pressuposto antropológico uma visão integral do ser humano, fundamentada nos valores humanos, éticos e cristãos, identidade histórica do povo brasileiro.

2. Na elaboração dos Planos Municipais e Estaduais de Educação, devem participar todos os educadores, incluídos os pais como os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos. Para isso deveriam ser organizadas iniciativas, tais como conferências e audiências públicas, que antecipem as votações em cada município, quando especialmente as famílias sejam ouvidas em suas expectativas quanto ao modelo de educação.

3. Em muitos municípios, este processo está ocorrendo sem a participação dos principais interessados, pais e educadores. A não participação da sociedade civil na escolha do modelo de educação fere o direito das famílias de definir as bases e as diretrizes da educação que desejam oferecer a seus filhos.

4. O Plano Municipal de Educação deve, entre tantos aspectos, considerar o controle do investimento financeiro do município para a educação; a garantia de capacitação dos docentes; a garantia de infraestrutura de cada unidade escolar; mecanismos colegiados para acompanhamento da aplicação das diretrizes da educação.

5. Especial atenção se dê ao risco da inclusão da ideologia de gênero, que defende ser a identidade sexual de homem e mulher o resultado de um processo educacional e cultural e escolha pessoal, com exclusão da identidade biológica. Esta ideologia, rejeitada quando da elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE), está sendo reintroduzida através das indicações da Conferência Nacional de Educação (CONAE), de novembro de 2014, que desrespeitam o que foi definido em nível nacional pela Câmara e Senado.

6. Insistimos para que, em cada município de nossos Estados, Minas Gerais e Espírito Santo, famílias e comunidades, educadores cristãos, ministros ordenados e agentes de pastoral procurem as Secretarias Municipais de Educação para inteirar-se do processo de discussão desta matéria, bem como entrem em diálogo com vereadores para esclarecimentos sobre o risco da inclusão da ideologia de gênero na educação de nossas crianças e adolescentes.

7. Um apelo especial dirigimos a todos, prefeitos, vereadores e demais cristãos que atuam profissionalmente no campo da educação e áreas afins, para que não se omitam nestes processos de definição de planos educacionais, recordando-se da responsabilidade de testemunharem, no âmbito de sua atuação no mundo, os valores da fé cristã.

A Santíssima Virgem Maria e São José, educadores do Menino Jesus, nos acompanhem, com sua intercessão, nesta tarefa.




Os (Arce)bispos do Regional Leste 2, reunidos na Assembleia Ordinária, em Belo Horizonte(MG),

nos dias 9 a 11 de junho de 2015.