A SIMBOLOGIA DA CRUZ

em domingo, 18 de setembro de 2011
“Eis aí a primeira e principal simbologia da Cruz: SALVAÇÃO



      A estrofe é de um hino religioso, cantado na Sexta-Feira da Paixão, durante a cerimônia do descobrimento da Cruz. É sinal de Salvação porque Jesus Cristo padeceu e morreu na Cruz para nos salvar.
      No nosso dia a dia a Cruz é também sinal de vida e de morte. Como sinal de vida ela está no alto das igrejas católicas, nas cerimônias litúrgicas, em algumas repartições públicas, embora os políticos evangélicos queiram tirá-las dali. Nosso Brasil nasceu sob o signo da Cruz. Cabral, em 1500, plantou-a numa pedra, em Porto Seguro, Bahia. Foi plantada por Deus em nosso Céu e orienta os viajantes – o Cruzeiro do Sul. Como sinal de morte, ela está nos cemitérios, á cabeceira dos falecidos, nas capelinhas à beira das estradas, indicando que ali morreu alguém, vítima de acidentes.
      Se a Cruz é sinal de vida e de morte, podemos concluir que ela é síntese da história de vidas cristãs. Pois nossa vida começa no sacrifício do Cordeiro Imolado e termina quando o corpo que nos é emprestado(pois não é meu, é do Pai) perece, possibilitando-nos a Vida Eterna.

LUCAS FALA DE MARIA

em sexta-feira, 16 de setembro de 2011

LUCAS FALA DE MARIA E PE. FÁBIO CONTEXTUALIZA SUAS VIRTUDES

O evangelista que dá a palavra a Maria, também fala de Maria como a mulher bíblica do Novo Testamento, que passa por um processo de amadurecimento para compreender o que Deus lhe pede. Lucas acentua a mulher da fé: “Feliz porque creste, Maria”! Ela teve que descobrir os caminhos de Deus e, encontrando-os, acolheu-os de coração aberto.

     Assim foi na anunciação, ao receber a mensagem do Anjo, Maria ficou intrigada e se pôs a pensar, se deixa questionar pelo mistério; seu espírito fica perturbado porque não vê claro o caminho que Deus quer que ela trilhe. Maria pensa sobre o sentido profundo da vida, dos fatos do dia-a-dia, pois é através deles que Deus se revela e vem ao nosso encontro. Lucas acentua aqui que Maria, ainda que intrigada, não se deixa atemorizar pela palavra do Anjo, mas se deixa motivar por ela, porque é penetrando esta palavra que pode descobrir o caminho de Deus.
     Maria se pôs a caminho para a casa de Isabel, tratava-se de colocar-se a serviço, por ser Serva do Senhor e da Humanidade. Duas mulheres grávidas se encontram e estão a serviço da vida. O encontro não se dá no ambiente doméstico da casa, lugar da grande explosão missionária de Maria de Nazaré e Isabel, mãe de João Batista. Lucas nos leva a pensar que a mulher faz do ambiente doméstico o lugar sagrado onde se celebra a vida, o templo, onde a vida se manifesta nas suas limitações e carências mais básicas.
     Continuando o caminho de Maria, vamos encontrá-la no contexto político do recenseamento que em Belém, onde ela deu a luz a seu filho primogênito. Começa uma nova era com os traços de um novo nascimento, de uma nova vida e de um novo modo de viver. O conjunto dos acontecimentos que narram o nascimento e a infância de Jesus traz uma carga teológica extraordinária. Junto com José, Maria guarda e medita tudo em seu coração.
     Como coroamento de toda esta caminhada, Lucas fala de Maria no nascimento da Igreja, ao escrever os Atos dos Apóstolos. No dia de Pentecostes, ela recebe o Espírito Santo junto com os apóstolos reunidos no cenáculo.

BÍBLIA

em segunda-feira, 12 de setembro de 2011

INTERCÂMBIO ÍNTIMO DO AUTOR DIVINO COM O ESCRITOR HUMANO

A Bíblia é o livro da vida e da criação. Nasceu com o próprio homem e tornou-se Palavra quando Deus se lhe revelou. Comunicando-nos a sua Palavra Deus nos oferece a chance de conhecê-lo e amá-lo. Dá-nos a capacidade de entrar em sua essência: a santidade.

    Deus nos quer felizes. Por isso inspirou a escrita da Bíblia, a fim de nos dar pistas seguras para a felicidade.
    A luz natural da razão humana pode conhecer Deus a partir das coisas criadas (Rm 1,20). Mas Deus nos revela além da criação.
    Passando pelas experiências de Abraão e de seus descendentes, Deus formou para si um povo, educou-o pelos profetas e preparou-o para receber a plenitude da sua revelação em Cristo, o Verbo se fazendo carne. Deus se revelou a pessoas e as inspirou, estas entraram em grande intimidade com o Pai e escreveram textos revelados. Desta forma podemos dizer que a Bíblia é a Palavra de Deus transcrita em palavras humanas.
    O autor da Bíblia inteira é o Próprio Deus, mas Ele falou de modo humano, pois os hagiógrafos (autores inspirados) se expressaram livremente conforme sua própria inteligência e cultura. Pessoas bíblicas escolhidas são como modelos da intimidade com Deus no contato com a sua Palavra, no anúncio e vivência dela. São testemunhas e ‘espelhos’ de vida nos quais nos olhamos e nos comparamos.
    Os Profetas, os Apóstolos, João Batista, e em especial a figura marcante da virgem Imaculada Maria, a Mãe do Verbo e serva fiel do Senhor. De fato, a Bíblia pode ser comparada a uma janela e a um espelho. Na casa a janela é abertura para a rua, ou seja, para fora, os outros, o mundo, a vida. Lida, rezada, partilhada a Palavra de Deus é a janela que nos faz íntimos dele e nos mobiliza para viver conforme seu projeto de amor. Ao nos olhar no espelho da Bíblia ela nos revela a nós mesmos à luz do agir salvador de Deus em Jesus Cristo.
    Podemos corrigir nossos desalinhos e falhas interiores. “O Deus invisível falou aos homens como a amigos, entretendo-se com eles numa comunicação de amor. E assim convidou-os à intimidade consigo e nela os recebeu plenamente em Cristo”. O conhecimento central da Sagrada Escritura é o de uma pessoa: o Cristo Senhor ressuscitado. Conhecê-lo é entrar no âmago do seu mistério de amor. Por isso o que Deus fala é sempre atual. A Bíblia não fica na letra. Ela é a Palavra-viva: a ação amorosa do Pai que busca no diálogo íntimo conosco, seus filhos, o “sim” de cada dia. Um sim resoluto à sua vontade, dado à maneira de Jesus.