ORAR NÃO É SÓ PEDIR

em sábado, 25 de agosto de 2012

Orar, pedindo ao Senhor tudo quanto nos é necessário, isso é bom e é certo. Mas nossa oração não deve ser apenas para pedir. Deve ser um encontro filial com Deus, uma conversa familiar com Ele, sem rodeios e sem palavras rebuscadas. Aliás, nossas palavras não são para lhe comunicar alguma coisa que não saiba. Elas servem antes para que tomemos consciência de como deve ser nosso relacionamento com Ele. Devem introduzir-nos no diálogo com o Pai, diálogo de coração a coração.



Em nossa oração devemos adorar o Senhor, reconhecer que Ele é o mais importante para nós, aquele do qual dependemos totalmente. Em nossa oração louvemos a Deus, reconhecendo sua grandeza e sua bondade. Agradeçamos todos os favores que no faz. Esse nosso encontro com Deus deve também servir para tomarmos consciência mais clara do que Ele espera de nós, de como deve ser nossa vida, do que devemos mudar em nosso jeito de ser, para sermos melhor a cada dia, nos entregarmos por inteiro nas mãos Dele e fazer-nos servos fieis.

Só para terminar: seria bom se tivéssemos um tempo fixo cada dia para nos dedicar a Deus. Um tempo marcado pode ajudar-nos a não nos esquecer do encontro com o Todo Poderoso.

JUVENTUDE CONSEQUÊNTE: ESTA É A PROFECIA!

em terça-feira, 21 de agosto de 2012

“Só me arrependo daquilo que não fiz”. Essa frase muito decorrente entre a juventude, sempre me incomodou muito. Será que nada me envergonha? Não fico constrangido com meu pecado? Ou finjo que FAZ PARTE da vida provar de tudo? Muitos respondem a essas perguntas dizendo que as experiências da juventude rendem as estórias que teremos para contar quando mais velhos. Infeliz pensamento.
E é sobre essa onda que afoga muitos jovens, é que o Papa Bento XVI se referiu a algum tempo atrás. Quando falou à juventude alemã: “Combatam a ditadura da relatividade”! Justamente o tal pensamento de se pensar que o pecado é relativo... Pecado é pecado e pronto. E nós temos que nos arrepender do pecado que cometemos e não do pecado que não cometemos. São Pedro ao exortar os jovens indicava o segredo da felicidade para o arrependo: “’E todos vocês revistam-se de humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (I Ped. 5, 5b).
Não tenho nenhum arrependimento de não ter usado drogas, de não ter ido aos “rocks”, baladas e não ter tido uma sexualidade desregrada, mas me arrependo profundamente do meu pecado de ter duvidado que Deus existia. Como nos dizia o dramaturgo Charles Chaplin: “Inteligente não é aquele que aprende com os próprios erros, mas aquele que aprende com os erros dos outros”.
Somos convidados a ser uma juventude que sabe da conseqüência dos seus atos, e que não precisa errar para saber o gosto do erro. Por isso jovem, se hoje você se sente arrependido, saiba que a cada manhã as misericórdias se renovam, e que o Senhor derrama sobre você a redenção que você precisava para sentir-se leve.
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Nádia Duarte Prata
Consagrada da Comunidade Católica Deus Existe

VOCAÇÃO, UM CHAMADO DIVINO PARA VIVER E PARA AMAR!

em sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Nós não nascemos por acaso. Houve um chamado de amor, anterior e mais profundo do que o desejo de nossos pais. Mesmo que nos tenham acolhido com todo carinho, nossa existência se deve ao chamado amoroso do próprio Deus. Nossos pais são sempre colaboradores dessa vocação à vida, que brotou do coração de Deus.

Nossa primeira vocação é simplesmente viver. Esse é o chamado fundamental a todo ser humano, que não pode ser frustrado. Dele dependemos para ir respondendo bem a todos os outros chamados ao longo do nosso crescimento.
Não existe vida, onde não há amor. A vocação à vida brotou do amor, que Deus nos tem antes mesmo de nascermos. Por isso, é natural que o alimento essencial da vida seja o amor. Onde não há amor, não se produz ou não se mantém a vida.
Para corresponder ao chamado divino, basta viver com amor e amar a vida. Como toda criatura, o ser humano que vive de bem com a vida certamente satisfaz o coração de Deus. Contudo, deixamos que em nossa existência entrasse a negação do pecado, esquecemos que a vida é um dom divino, pretendemos nos tornar proprietários dela, desvinculamos o viver do amar, e acabamos por manipular a nossa vida e a vida dos outros. Por isso, entramos no caminho perigoso da morte, que não é efeito apenas da degeneração física, mas é efeito da falta de amor e de sentido para a vida.
“Eu vim para que todos tenham Vida e a tenham em abundância!” Jesus se materializa para recuperar a nossa vocação à vida e ao amor. Não quer que o ser humano fique sepultado jamais, nem antes nem depois de morrer. Ele nos chama novamente a viver plenamente. Convida-nos para sermos seus discípulos, seguindo-o no verdadeiro caminho da Vida plena, que supera a corrupção do pecado e da morte total.
Os Sacramentos da Iniciação cristã são os sinais eficazes dessa vida refeita, ressuscitada, pascal. Pelo batismo, Jesus nos mergulha novamente na vida divina, que nos refaz como filhos queridos do Pai celeste. No Crisma, Jesus nos comunica o seu Espírito Santo, que nos salva da corrupção do corpo e do espírito. E na Eucaristia, Jesus cria uma comunhão de vida, através da energia do seu amor, que atravessa todo o nosso ser.
Formamos um só Corpo ressuscitado com Ele e com os irmãos. Esses Sacramentos da Iniciação cristã são sinais vitais e vitalizadores, porque recriam o sentido eterno da nossa vida e a ligam novamente à força do amor. Eis a nossa vocação original, redimida pela cruz e ressurreição de Jesus.
Todos os ministérios da Igreja devem continuar esse serviço à vida e ao amor. Começa pela maravilhosa vocação da família, como primeiro grande sacramento a serviço da vida e do amor. Ela não pode ser fruto do acaso nem da aventura, ou da busca de prazer individual, mas sim uma resposta a um chamado divino. O mesmo acontece com todas as outras vocações, desde o Papa, o bispo, o padre, até o ministro da Eucaristia ou da Palavra. São instrumentos para alimentar, promover, defender e refazer a vocação à vida, em toda a sua plenitude, que começa aqui e se estende por toda a eternidade.
Somos todos vocacionados a ser Discípulos e Missionários da vida plena para a nossa gente, fazendo com que todas as nossas instituições se tornem fontes de água viva, capazes de saciar o corpo e a alma de cada ser humano.