O aborto provocado é uma questão séria que pode se dar nas mais diferentes situações.
Existem pesquisas de opinião sobre quem é contra ou a favor, mas em geral não se esclarece sobre os casos ou circunstâncias em que ele se dá. Para além das polêmicas, deve-se admitir que o aborto é sempre um mal. Mesmo sem falar sobre o embrião, o aborto sempre representa risco e desgaste para a saúde da gestante. Já sob esse ponto de vista, a primeira de todas as atitudes a serem adotadas diante do aborto é a prevenção: prevenir que ele não aconteça.
O fato de envolver as pessoas na origem da vida humana torna o aborto uma grande responsabilidade. Entretanto, há vários fatores que complicam este assunto. A mulher gestante com frequência é a primeira a ser responsabilizada pelo aborto. Mas as responsabilidades são muito mais amplas, pois uma gestação depende de uma rede de relações. Começam com os parceiros da relação sexual, onde o machismo muitas vezes é no mínimo conivente com um aborto que se realiza.
Outras pessoas também carregam responsabilidade diante do aborto. Isto aparece no meio ambiente social agressivo á vida das pessoas, através da desigualdade e pobreza, do descompromisso e egoísmo. Há inúmeras gestantes que abortam em condições muito precárias de vida social, de educação, sem apoio nenhum para a gravidez, sem previsão de futuro para a criança. Também pessoas mais próximas, parentes ou não, exercem uma responsabilidade, especialmente quando tratam a gestante com descaso ou hostilidade. Isto envolve às vezes os próprios pais da gestante, em uma gravidez indesejada.
A geração de uma vida é um gesto profundamente social. Além do útero da gestante, devemos pensar no útero social favorável à vida, pelo qual somos todos responsáveis. É ele que acolhe e abriga o embrião e a própria gestante. Os desastres ecológicos nos mostram de forma dramática como nossa responsabilidade é fundamental para a defesa do ambiente. E nós próprios somos o ambiente em que o milagre da vida humana acontece.
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